16 de março de 2011

“Síndrome do Toca Raul” ou “Síndrome do Hey-Ho Let’s Go”
Existe um comportamento muito peculiar que se desenvolve em algumas pessoas que estão assistindo às bandas tocarem, e que torna o indivíduo extremamente irritante. São o que poderíamos chamar de “Síndrome do Toca Raul” ou em alguns casos mais graves “Síndrome do Hey-Ho Let’s Go”. Acredita-se que as mesmas devam ser fruto de alguma psicose adquirida, quando algum rockeiro que estava em uma churrascaria ou happy-hour, não teve sua música tocada pelo cantor ou banda que geralmente se faz presente neste tipo de evento. Assim sendo, o indivíduo volta pra casa com certo rancor e melancolia, desenvolvendo assim os principais sintomas. Os piores casos são de pessoas que desenvolvem as duas síndromes ao mesmo tempo, tornado o quadro gravíssimo, mas de algum modo reparável.


Geralmente estas duas perturbações manifestam-se quando existem bandas tocando, principalmente bandas Rockeiras, que estão batalhando por um espaço fora dos estereótipos e paradigmas da música regional. Sendo assim, a pessoa afetada passa boa parte do show, e mais precisamente entre os intervalos das músicas, soltando gritos muitas vezes guturais e desesperados, contendo a seguinte frase: “TOOOOCAAAA RAAAULLLLL” (caso da “Síndrome do Toca Raul”) e “HEY – HO Let’s Go” (“Síndrome do Hey-Ho Let’s Go”). Conforme citado anteriormente, elas podem também se manifestar em conjunto, causando sérios problemas à banda que está sendo intimada por tais gritos, como por exemplo: problemas como perda de paciência, psicoses múltiplas, síndrome do “morre diabo”, auto-defenestração, ou seja, o ato de se atirar em cima de pessoas, entre outros) e também com as pessoas à sua volta. (os mesmos sintomas referidos à banda).
Aparentemente, estudos comprovam que para estes casos existe cura. O tratamento consiste em esclarecimentos diários, do tipo: “Algumas bandas possuem repertório fixo, que foi ensaiado exaustivamente durante meses, anos pensando no que o público gostaria de escutar e, que os músicos da banda também gostariam de ouvir!”; “Bandas que possuem músicas próprias, tocam covers porque no início é difícil fazer um set só com músicas desconhecidas para a maioria!”; ou “Geralmente bandas com som próprio não possuem a síndrome do Cantor de Churrascaria, ou seja, não existe possibilidade de fugir do repertório previsto”; entre outras.



Existem variações dessas moléstias, como a “Síndrome do Toca Supla” (rara e incurável) e a “Síndrome do deixa eu cantar uma”. Esta última pode causar sérios problemas à banda (microfone ser repentinamente puxado, vozes cantando coisas incompreensíveis durante uma parte instrumental, ou a temível “síndrome do Karaokê”) e aos ouvidos dos espectadores.
Os músicos em início de carreira não devem comportar-se com preconceito a essas enfermidades, pois sabemos que são perturbações momentâneas ou mesmo psicoses temporárias devido ao calor do momento (Heat of the Moment). Sendo assim, devemos ter certo tipo de cuidado com pessoas que desenvolvem este tipo de quadro clínico.
Dr. Carlos Ciamez - Doutor responsável pela saúde dos "pé"!

Um comentário:

Allejo Braz disse...

Huahuahuahuha.. muito bom, a guria do último show deu nos nervos, ela ficou literalmente mais de 2 horas gritando: "Ramones... Hey Ho, Let's Go!"... não desistiu, mas a Spirax resistiu e não tocou Ramones.